Tenho duas referências da Kelly LeBrock. Uma é o famigerado Weird Science, onde levou adolescentes a fazer tudo e mais alguma coisa. A outra é este Woman in Red, onde tem uma cena épica com o dito vestido, em cima duma «grade ventilada», imitando a icónica imagem da Marilyn. Depois, coitada, fez lá os outros filmes com o palerma. Mas com esses quero ter pouco a ver.
E se Science tem coisas erradas aos olhos de hoje, Red então é uma catadupa de «politicamentes incorrectos», de homens a serem completos idiotas para as respectivas esposas (e namorado). Wilder conta a sua história de adultério enquanto está num parapeito e toda a gente pensa que pretende suicidar-se. Ele escreveu e realizou um filme onde é casado, com duas filhas, e onde acha-se com hipóteses com LeBrock, apesar de não ter feito nada que não ser um palerma com a moça.
Num paralelo, descobri há dias que Wilder esteve casado com Gilda Ratner, uma comediante que fez parte da primeira troupe do SNL. Consta que Radner era um talento humorístico. Vi um par de sketches e a moça tinha piada. Infelizmente deixou a comédia e tudo o resto cedo demais. A curiosidade é que Wilder meteu a esposa como a maluquinha do escritório, interessada em Wilder mas vingando-se agressivamente quando este não retribuiu o afecto.
Voltando ao filme e resumindo: LeBrock era realmente um espanto; Wilder um péssimo guionista/realizador; Stevie Wonder escreveu uma data de originais para a banda sonora (e ganhou um Oscar com isso); toda a gente fuma; os homens são uns porcos; e a cena final é absurda, começando no colchão de água à anos 80 e terminando numa tentativa de suicídio aparecer nas notícias em directo.
Com este «revisionamento» a minha infância foi algo destroçada. Continuem com as vossas vidinhas. Eu vou só ali para um canto escuro chorar um bocadinho.
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