Finalmente vejo um filme feito na surreal «realidade» em que vivemos. (Em formato série vejo a brilhante Superstore.)
Em pleno confinamento de Março, em Londres, um casal tenta (sobre)viver em comunhão. Apesar de terem terminado o relacionamento. Não fosse o confinamento e não estariam juntos. Ele está em layoff. Ela está farta do que faz. Juntos planeiam cometer um crime que os tirará da vida de sofrimento em que estão. Salvo a questão Covid. Aí não há dinheiro que os salve.
O filme está muito mal cotado no IMDb e, honestamente, só posso atribuir isso ao facto de que ninguém quer ver ficção sobre o que estamos a viver. Porque o filme não é assim tão mau. É divertido de se ver o suficiente e inteligente na forma como contorna as limitações notórias.
Há a questão do nome dado ao tipo, que pode entalar todo o plano, a qualquer momento. Pergunto-me porque não deram só primeiro e último nome a quem perguntava. Sim, Edgar Allen Poe é bastante reconhecível, mas Edgar Poe não será um nome que passa despercebido?
Não me parece que seja questão suficiente para dar tão má cotação a um filme, por muito que seja mesmo um pormenor tolo.
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