segunda-feira, agosto 04, 2014

Dawn of the Planet of the Apes


Que óptimo aperitivo para a semana. Dá gosto ver um projecto feito com pés e cabeça. Pegaram em algo já existente, é certo. Algo mesmo que outros tentaram pegar num passado recente. E será mesmo provável que só o tenham voltado a pegar por forma a não perder os direitos. Mesmo assim, foi feito como deve ser. Deu-se corpo e forma a um universo apreciado por um grupo de pessoas, tornando-o em algo acessível a muito mais gente que se esperaria. Tem enredo. Tem excelentes interpretações de personagens cativantes (por muito que seja debaixo de quilos de maquilhagem e terabytes de processamento de imagem). E, vamos admitir, tem macacos a cavalo. Com armas.

Haverá imagem mais épica que um macaco em cima dum cavalo, com uma arma na mão?

Muitas. Claro que há muitas. Assim de repente lembro-me duma moça de primeiro nome Bo, também em cima dum cavalo. Não interessa. Esta também é fixe e está na minha memória recente.

Faltará frisar três pormenores ridículos:
- As partes dos humanos, só de diálogos, eram mil vezes menos interessantes que as dos macacos. Serviram para encher o filme. As dos macacos tiveram mais dedicação por parte dos criadores. É um detalhe a ter em conta para o terceiro, não vá estragar a coisa.
- Houve gente parva, de parte a parte, ao longo do filme. E por gente, entenda-se humanos e macacos. Só os cavalos não falharam. Em todo o caso, o bolo continuará a ir para os humanos. É que biliões de pessoas morreram. Existe muito mais terreno disponível. Existem mais cidades com possíveis fontes de energia. Tinham mesmo que ficar ali ao pé dos macacos? Não dava para criar só assim uma distanciazita de segurança?
- Aguardo sequelas, daqui a uns anos, em que é a vez dos cavalhos revoltarem-se. Convém perceber que serão este os que mais perderam nesta conversa toda. Os macacos são mais pesados que os humanos, diria. Uma revolta justifica-se.

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