Paul Giamatti é um judeu ranzinga, filho de polícia reformado, que foi parar a Roma dar-se com artistas, vá-se lá saber como. De regresso ao Canadá, terra natal, conhece a mulher da sua vida no seu casamento. O segundo, entenda-se. O primeiro foi com uma desorientada em Roma. Pensavam que estavam grávidos. Ela estava. Ele não era o pai. Assim que conhece a terceira senhora Giamatti, Paul não consegue pensar noutra coisa. Abandona a cerimónia e corre atrás dela até à estação. Envia-lhe flores e outras prendas todas as semanas. E sim, eventualmente divorcia-se da segunda senhora Giamatti. Tudo para poder ter uma mulher que claramente não merece. E pergunto: isto é justo? Isto faz sentido, ou sou só eu a achar estranho? Uma mulher aceita a estar com um palerma claramente longe do nível dela, apenas porque é persistente? Ele ganhou-a por teimosia. Se eu tentasse fazer isto, levaria um tiro, com certeza.
Barney's Version lembrou-me em demasiada Mr. Holland's Opus. Um velho ranzinga a estrabuchar com a vida que tem, parecendo sempre mau como as cobras, mas que afinal tem um coração de ouro e que, no fundo, teve a vida que sempre quis, apesar de todos os compromissos e contratempos. A vida que muitos de nós desejaria ter.
Sem comentários:
Enviar um comentário