Ben é autista. Atiram para o ar Asperberg, mas parece mais que isso. Não sei se há vários níveis, mas o de Ben é lixado. O único sítio onde se sente normal é num jogo de computador on-line, tipo World of Warcraft. Aí é Ben X e corre e salta, mata ogres e outros bichos com a sua espada. Isto podia ser uma analogia para cibersexo, mas não. No jogo, tem uma amiguinha e tudo. Cá fora, é constantemente bullied (não acredito que esta palavra já pertence ao universo português; raios partam as reportagem da TVI), até chegar ao extremo de o despirem numa sala de aula, filmando e colocando o vídeo na Internet. Ben está em ponto de ruptura, a flipar. Pondera acabar com... o jogo.
Tem um bom começo. É bonito de se ver, embora sejam apenas cenas de computador. Irrita que o actor principal tenha quase 30 e esteja a fazer de adolescente. Sei que é norma, só que aqui é notório que tem quase 30. E o final é horrível. Mas flamengo é surpreendentemente parecido com inglês, e a miúda que aparece, a namoradinha virtual, é muuuuito gira, confirmando o que já sabia desde que fui ao Andanças há muitos anos atrás: a Bélgica é um país a visitar.
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