terça-feira, janeiro 22, 2019

Glass


Reza a lenda que Shyamalan sempre quis fazer disto uma trilogia. Pelo menos é que se conta por aí, agora que o terceiro finalmente estreou. Acontece que o homem distraiu-se com outras coisas. Coisas que não mereciam que se tivesse distraído. O tempo foi passando. E, assim, a trilogia que todos esperávamos, apesar de não sabermos que era suposto existir, só agora foi terminada.

Percebo que queira ter o projecto e a história fechados. Terá mais impacto assim. Um dos meus dois compinchas da sessão não gostou muito que se tivesse fechado a coisa. Queria mais. O outro compincha não conta para a opinião, pois caiu aqui de para-quedas. Não sabia ao que vinha e foi enganado. Reclamou antes, o tempo todo. Acabou por gostar porque isto está muito bem conseguido. Igual ao que foi Unbreakable e Split. Um universo supostamente «normal», em que coisas fora do normal acontecem.

Já eu gostei de tudo. Do facto de ser uma trilogia fechada. De qualquer um dos filmes. De voltar a este mundo e a personagens conhecidos. Do desenrolar da história e como foi montada.

Qualquer realizador talentoso poderá continuar a história. Há material suficiente. Não vejo o Shyamalan a continuar. Será difícil em cada filme fazer sempre um twist final. Prova disso são as suas muitas tentativas falhadas, nas últimas duas décadas. Confesso que preferia que não fizessem mais filmes. Há um risco grande de só estragar. Talvez uma série fosse engraçado. Talvez. Muito talvez.

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