Fico sempre com a mesma sensação. É uma questão de história e não de formato. Já com os livros foi o mesmo. Fico sempre com a sensação que saltaram bocados. Em mais que um momento, acho sempre que há algo que é mal contado. Que há saltos na narrativa. Que determinados impasses são resolvidos por desenrolar de tempo, mais do que por alguém fazer alguma coisa específica. Acabava por esquecer ou ignorar a sensação. Li os livros meio desligado, confesso. Nunca conseguiram agarrar-me verdadeiramente. Talvez pelo que acabei de explicar, talvez porque as personagens sempre me pareceram irritantes. Sem haver ligação aos personagens é difícil ficar agarrado a uma história. Só que com os filmes passa-se o mesmo.
Para quem não for um verdadeiro fã da saga, ou seja minimamente tolerante da história, estes filmes do «Harry Potter» serão uma seca. Esta primeira parte tem quase duas horas e meia. Não foi difícil de ver. Estava tolerante para tanto minuto, mas pouco se passa neste «episódio». Já o sabia do livro, claro está. Os três da vida airada procuram partes da alma de Voldemort, sem saberem onde se encontram, como as identificar ou mesmo como as destruir. Muito tempo é passado no mato. E demasiado é passado em fase de decadência. Faz parte. Os heróis a sacrificarem-se em prol da missão, bem mais importante que o seu bem estar. Torna-se é bastante negra, toda a história. O que se reflete no filme, que tem sempre tons muito escuros, em claro contraste com os primeiros tomos. Visualmente o filme é muito bonito. Dou isso de barato. Venha de lá a última parte, para podermos fechar este livro duma vez por todas.
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