domingo, dezembro 29, 2024

A Reason for the Season


O enredo deste filme é complicado de entender, quanto mais de explicar.

Uma miúda de 35 anos é mimada porque a mãe é rica. Para não perder a herança, porque não obrigá-la a ter um emprego? Faria sentido, não? Pois, mas não seria uma boa desculpa para fazer um filme de Natal.

A mãe faz um contrato em como a filha tem de fazer acções de caridade, anonimamente e em pessoa, para não perder direito à herança. Só que a «miúda» chega à povoação, onde nasceu na véspera de Natal, e metade das pessoas percebem quem ela é. Lá se foi o anonimato. Pelo meio a mãe aparece para ajudar.

Ah, e ela não era nada mimada. É simpática e bastante competente. Nada neste filme faz sentido, por muito que seja até fofinho.

quarta-feira, dezembro 25, 2024

Christmas with the Singhs


Surpreendeu-me a Hallmark meter-se nesta questão cultural. Achei a ideia interessante. Nos primeiros minutos desfizeram tudo isso. A família Singh é católica e está nos EUA desde a década de 80. Continuam a comer comida picante e usar saris, mas curtem bué a versão católica do Natal.

Que fixe para eles, Hallmark. Tornaram a família Singh um pouco «amuhrica», mas deixaram-lhes as vestes coloridas. Que fixe para vocês também, que quase conseguiram ser inclusivos.

Feliz Natal!

terça-feira, dezembro 24, 2024

The Christmas Classic


Entretanto tinha-me esquecido da história do filme. Temi que fosse uma coisa a gozar com filmes de Natal. Não porque ache que o género é sagrado e não deve ser gozado. É porque essas sátiras tendem a ser péssimas.

Não é, mas deveria ter sido. Porque talvez não tivesse sido tão mau. Este filme é muito, mas muito fraco. Vá-se lá saber como, conseguiram sacar três pessoas conhecidas, num elenco de apenas 16! Não houve orçamento para mais nada. Planos fechados atrás de planos fechados. Cenas repetidas e muitas abreviadas. Coisas a acontecer sem justificação nenhuma. Aliás, todo o enredo é para lá de absurdo.

E, como se não bastasse, tentaram abrir a porta a uma sequela! Houve snipet a tentar a sequela! Eles acreditam que alguém ia querer ver mais disto? Nãoooooooo! Não pode.

domingo, dezembro 22, 2024

Santa Tell Me


A Madame M. foi passar a noite a casa duma das tias. Daí que seja possível voltar a velhos hábitos e possamos passar o dia no sofá a ver três filmes. Três! Tive meses recentes em que vi menos.

Ainda há dias o disse. Era a Hallmark ter um serviço de streaming acessível, e eu activava todos os anos em Dezembro. Eles produzem destas coisas como se não houvesse amanhã. Sempre a mesma fórmula. Muda o ângulo, mas sempre com alguma magia, como estes filmes têm de ser. Génios. É só génios a trabalhar na Hallmark.

Sobre o filme. A premissa fez-me confusão ao início. Foi estranho ver o Pai Natal a fazer de Cupido e a meter não um, não dois nem três, mas quatro cavalheiros na vida da nossa protagonista. No primeiro milésimo de segundo achei parvo haver tanta opção. Mas depois pareceu-me perfeito. Nestas coisas há muito a profecia fechada, que obriga a personagem principal a aceitar certa pessoa como alma gémea. Passa a ser destino, a partir do momento que te lêem a sina. Neste filme a moça tem opções. Não é obrigado a tanto. É obrigada a algo, mas com alguma independência.

Round and Round


Filmes de Festividades. Não estou a ver «Filmes de Natal», estou a ver Filmes de Festividades. Festividade de final do ano, entenda-se. Não tenciono ver outra vez o Tom Cruise no Vietname. Porque Hannukah não é Natal, por muito que seja na mesma altura do ano. E conta. Conta bastante.

Round and Round é um filme Hallmark com actuações que não envergonham. Com cenários que parecem reais. E com uma história decente. OK, é a versão filme de Hannukah da famigerada história time loop. O gancho em si não é original, mas onde se passa esta história, sim. Na minha opinião, a «aterragem» esteve longe de ser perfeita, mas a «viagem» foi fixe.

That Christmas


Eu sabia!

Não tinha qualquer noção da história. Não sabia elenco. Não sabia nada do filme. Mas sabia que seria o melhor filme de Natal deste ano. Os melhores são sempre animação. Porque conseguem combinar sempre muito bem a parte doce de família, com a magia do Natal.

Não me enganei. Ia chorando. Chorando! Lágrimas a sério. Aguentei-me pela vergonha incutida de que «homem não chora». Era estar sozinho e ias ver. Era baba e ranho pelas mangas abaixo.

sexta-feira, dezembro 20, 2024

Meet Me Next Christmas


Isto não é um filme de Natal. É um romance. E o casal principal tem tanta química como leite e cerveja. Quer dizer... Esta combinação se calhar até tem química. No meu estômago provocam juntos alguns químicos, pelo menos. Isso é química, certo? Não sei. Ciência não é o meu forte. Nem é o forte dos personagens serem coerentes!

Fixe. Consegui voltar à ideia inicial.

Sendo claro em que ponto estamos em relação à este filme, a verdade é que teve uns momentos engraçados.

quinta-feira, dezembro 19, 2024

Christmas on Windmill Way


Eu sou fã do Natal. A sério. Sou mesmo. Já o devo ter dito aqui. Mais que uma vez. Gosto da comida, claro. Gosto de estar no sofá a ver filmes de Natal. Sejam eles bons ou maus. Gosto das músicas de Natal. Oiço a Mariah todos os dias, várias vezes, sem esforço, se for preciso. E gosto muito de decorações de Natal. Adoro árvores de Natal. Quanto mais pirosas, melhor. Vermelho. Tinsel. Bolas e mais bolas, amolgadas pelo uso em vários anos. Mas...

Ter luzes e enfeites na cabeceira da cama... Epá! Esse será o limite, creio. É demais, não? Isto para não falar nos laços nas portas dos armários da cozinha. Que exagero!

Nada exagerado é dizer que Chad Michael Murray representa muito bem neste filme. Ajudou que todos os outros actores fossem fraquíssimos a interpretar as palavras deste maravilhoso guião. E ela... Coitada. Deve ter chegado ao final das filmagens com um torcicolo, tendo em conta o «acting» que estava a fazer só com movimentos da cabeça. Foram mesmo muitos movimentos da cabeça. Alguns diriam demasiados, mas essas pessoas são só negativas.

Long live the mill!

quarta-feira, dezembro 18, 2024

Jack in Time for Christmas


Quando não se tem assim tanto talento, usa-se os amigos para fazer coisas. Whitehall usa uma desculpa esfarrapada e um guião parvo para fazer uma data de coisas fixes e chamar-lhe um «filme de Natal».

Também não é assim tudo tão mau. Tens uns momentos engraçados, bastante à custa dos convidados. Acho que apenas sinto-me enganado porque estava à espera de algo diferente.

domingo, dezembro 15, 2024

The Merry Gentlemen


O filme é péssimo. Não o suficiente para dar a volta. É só mau. Agora que resolvemos esta parte, falemos de coisas interessantes.

A Netflix é brilhante. É um péssimo sítio para pessoas com talento desenvolverem os seus projectos. Por muito que tenha sido uma porta aberta para tudo e mais alguma coisa. Talvez ainda seja fácil começar algo lá. Continuar será sempre um desafio. Porque à Netflix só interessa ter algo que faça a malta subscrever. Depois disso aguentam os subscritores pela preguiça destes em cancelar, ou pelo volume. Mas isto aplica-se a séries. Falemos de filmes.

Já tinha notado em Hot Frosty. O elenco é jeitoso. Em Merry Gentlemen não é tão bom, mas mesmo assim tem alguma qualidade. A Netflix percebeu que isto dos filmes de Natal é uma mina. E souberam ver bem quem são as maiores vedetas do género. Não são bons actores. Longe disso. Mas atraem multidões. Logo, agarraram estas vedetas sazonais e ladearam-nos de gente respeitosa. A Netflix passa assim a ter filmes muito, mas muito apelativos. Pelo menos nesta altura específica do ano.

Para além de que revitalizaram a carreira da Lindsay Lohan. Só por isso merecem prémios atrás de prémios.

sábado, dezembro 14, 2024

Red One


Olha que alegre surpresa. Ainda há dias achei estranho que este filme apenas fosse disponibilizado no cinema. Pareceu-me um grande desperdício, com todo o potencial para ser O filme de Natal deste ano.

E não é que ligo a Prime e o raio do filme estava lá.

Não sei se será o melhor deste ano. Red One tem demasiado de militar e muito de «estado unidense». Em mais que um momento dei por mim a pensar, ou mesmo dizer, Amuhrica! Mas não deixa de ser divertido. Tem um elenco porreiro e uma premissa engraçada. Foi fixe de se ver.

sexta-feira, dezembro 06, 2024

A Quiet Place: Day One


O gato é um dos personagens principais. Frodo de seu nome. Não esse. Não o «verdadeiro». É só um gato. Mesmo não sendo um hobbit, não deixa de ser um gato muito especial. O meu, só de ouvir uma lata, muito ao de leve, começa logo a miar como se não houvesse amanhã. Basta ver-me a ir na direcção da cozinha, em boa verdade, e já faz um estardalhaço. Quer lá ele saber se há monstros que atacam criaturas ruidosas. Só sabe ter fome. Mais nada. Ou seja, com o Frodo até daria para sobreviver. Com o meu estava tudo bem lixado.

Este «dia um» foi bastante longo. Alguns até diriam que durou vários dias. Gente que só sabe maldizer, no fundo. Claro que não impediu o rapazito de ter sempre gravata. Epá, percebo que a malta esteja limitada à roupa que tinha no corpo, quando os bichos apareceram. Mas manter uma gravata? Não que faça barulho, claro. É só parvo.

Este mundo é agradável de se ver. Haverá «dia dois»?

quinta-feira, dezembro 05, 2024

Hot Frosty


Alguém consegue explicar este elenco?

Não falo dos principais. Ela faz uma data destes filmes, com relativo sucesso. Creio que terá um filme de Natal, por ano, já há uns dois ou três. A Netflix sacou-a à Hallmark, e fez muito bem. Ele tem um papel de destaque. E nem toda a gente conhece a série onde aparece às vezes. Também despido, curiosamente. Não, falo do elenco secundário.

Joe Lo Truglio e Craig Robinson, logo à cabeça. Chocante! Depois ainda há Katy Mixon Greer ou Lauren Holly! Que faz esta gente aqui? A Netflix fez acordos especiais com eles? «Se fizerem este filme de Natal, fazemos também a vossa série nova.» Ou pagaram bem? Será que esta malta só queria aparecer num filme de Natal?

Foi algo surreal. Nestes filmes da época espero apenas desconhecidos, todos iguais entre eles (clones?). Ou actores famosos nos anos 90-00's, que tiveram a sua ribalta então e agora só são conhecidos por estes filmes. Vamos lá manter as coisas decentes, Netflix!

terça-feira, dezembro 03, 2024

The Christmas Charade


Pois então que comecem as festividades da época. Ainda nem temos árvore de Natal montada e já estamos a ver filmes de Natal da Hallmark.

E que melhor forma de começar. Este filme merece... Merece tudo, na verdade. Prémios do que quer que seja já é qualquer coisa. Até uma tacinha de participação em torneio de chinquilho. Até isso merece. Porque tem tudo o que se quer num filme de Natal. Pelo menos na versão moderna destes. Ou seja, nada tem a ver com Natal, à excepção da narrativa passar-se no período.

The Christmas Charade foi hilariante. Não pretendia ser. Não está rotulado de comédia. Foi simplesmente uma óptima forma de começar o mês.

segunda-feira, dezembro 02, 2024

We Live in Time


Ora viva. Já há algum tempo que não havia tempo, ou talvez até paciência, para ver um filme. Tendo em conta que já estamos em Dezembro, um filme totó de Natal teria feito mais sentido. Em vez disso vimos esta depressão em formato cinematográfico. Tudo porque a minha senhora, como muita mulher que para aí anda, gosta mesmo é de histórias trágicas se, porventura, conseguir chamar-lhes românticas também. Qual é a cena? Sim, eu sei que o mais provável é um casal acabar em divórcio. Mas a alternativa tem de ser morrer uma das pessoas, ou mesmo as duas, para que seja amor verdadeiro?

E porque passou Garfield o filme todo com os olhos a lacrimejar? Foi como se, antes de cada cena, tivesse visto o fim do Marley & Me. Sempre. Tipo preparação. Mesmo enquanto tinha pela frente os seios de Pugh. Estava sempre a lacrimejar.

Foi uma direcção de cena esquisita.