quarta-feira, novembro 30, 2022

Vesper


Curioso como um filme pós-apocalíptico consegue ser uma representação quase exacta da minha vida. É Belga, só falam inglês, e a personagem principal, quando sai de casa, tenta evitar pessoas.

Estes filmes pós-apocalípticos tendem a ter sempre uma mesma base. Um adulto a tomar conta duma criança, protegendo e procurando que evite fazer algo diferente e perigoso. A criança a querer sempre fazer mais, procurando melhorar a situação de ambos. A criança quer sempre mais e melhor, enquanto que o adulto só quer preservar o status quo.

De certeza que haverá um estudo qualquer, mas tenho ideia que as crianças contentam-se com o que têm. Mais que não seja porque não conhecem nada diferente. Em adolescente OK, vem aquela sensação nefasta de nunca estarmos bem onde estamos, para depois mais tarde passar ao medo da mudança. Mas crianças, epá, essas só querem é brincadeira. Poderei estar enganado.

Vesper segue esta base, incluindo ainda o surgimento dum elemento/pessoa, vindo do nada, que destrói ilusões de mundos melhores e o próprio status quo, tudo ao mesmo tempo. É muito clichê, mas ali pelo meio acrescenta umas coisas assim a modos que originais. Valeu por isso.

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