Acho que, sem querer, este é o fim-de-semana dos filmes biográficos.
Monroe foi uma mulher usada e abusada por todos, a começar pela maluca da mãe. Mas maioritariamente por homens, claro. Tinha talento e queria ser uma grande actriz, mas o que as pessoas viam era apenas o seu corpo. E como é que o filme decide apresentar a moça? Como um pedaço de carne, a servir todos os propósitos de qualquer homem que aparecesse em cena. Maluca como a mãe. E despida maior parte do tempo.
O último terço então é sofrível, com Monroe a não ter falas quase nenhumas, arrastando-se de cena em cena, despida, alcoolizada, drogada, louca, sexualizada. Regra geral tudo ao mesmo tempo. Acedo que os últimos anos de vida tenham sido assim, mas que mal fez Armas para ter um papel tão superficial?
Afinal, Monroe era mais que uma mulher atraente ou não? Este filme diz que não, no meu entender. E não entendo como possa ser esse o objectivo.
Sem comentários:
Enviar um comentário