Estou sem palavras. Tenho de as encontrar, senão o post fica um bocado pobre. Não é fácil, no entanto.
É incrível o quão longe Hollywood vai, só para massajar o ego do Tom Cruise. Tanto na realidade como na ficção.
No mundo real, Cruise fez bullying e levou a sua avante. O filme só podia sair no cinema, com condições para ter salas cheias e bater recordes. Não há cá nenhum plano B de streaming. Tinha razão. Esta sequela fez bom dinheiro. Não foi altruísmo, entenda-se. Acredito que tivesse fé no projecto, mas Cruise é dos últimos actores em Hollywood com contratos de regras antigas. Ele deve receber uma batelada de percentagem de bilheteira.
Já na ficção a coisa atinge patamares mais absurdos. Não só o homem continua a pilotar, como é melhor que os miúdos, acabando a liderar a missão no ar, quando era suposto ser só o «professor». Derrota inimigos com tecnologia muito, mas muito inferior. Será um equivalente a fazer um duelo de pistolas, mas com uma fisga. A história é tão estapafúrdia de meter o homem num pedestal, que a única coisa que poderia justificar tamanha parvoíce seria ele ter morrido na primeira cena e sonhado tudo o resto, de tão perfeito que tudo decorreu. Não sou o único a achá-lo, já agora.
Maverick é exactamente o mesmo filme que o original. Sem tirar nem pôr. Chega a ter músicas e mesmo cenas inteiras do primeiro, e é a meeeeeeesma premissa, com o desenrolar todo igual. Ah, e claro que tem uma cena na praia. É absurdo o quanto este filme é o primeiro. Mas não deixa de ser interessante, claro. Porque tem emoção. Porque o palerma tem carisma. Porque torcemos pelos pintas que aprendem humildade ou coragem, consoante o que precisavam. Porque são aviões aos tiros no ar. Porque está tudo muito bem filmado. E também porque roubou a cena do Star Wars da destruição da Death Star.
Ah pois é! Pensavas que não reparávamos? Teve piada, mas não enganas ninguém, Tomás!
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