domingo, outubro 13, 2019

Yesterday


A ideia é tão engraçada como arrepiante. Como seria um mundo sem Beatles, ou Coca-Cola, ou o Harry Potter? Bem, creio que a última não será a maior influência de todas.

Sim, é verdade. O pobre rapaz, nosso herói/protagonista, é atropelado por um autocarro e, ao acordar, a mais influente banda da história nunca existiu. As repercussões de tal fenómeno não parecem ser de maior. O mundo não está em chamas, como num qualquer realidade pós-apocalíptica... que se prevê em breve. Tudo parece normal, tirando não haver referências aos liverpoolianos mais famosos da sempre. Ou às suas músicas.

É aqui que entra o protagonista, um músico sem talento para palcos maiores, que tudo faz para se lembrar das letras, reclamando autoria própria.

Todo o filme é muito bem disposto, salvo o sentimento de culpa do protagonista, por obter fama e proveito de músicas que não são suas. Não foi bem assim na história original, que deu origem ao filme. Li que o original era mais pessimista, mostrando um mundo que já não tem espaço para as músicas dos Beatles. Pois essa seria a realidade, convenhamos. Não é fácil aparecer no mundo da música hoje em dia, tendo em conta a quantidade absurda de gente que tenta. Especialmente no campo do cantautor, uma criatura que parece existir em cada esquina, qual Salazar.

Felizmente os autores deste filme não foram pelo mesmo caminho e, com autorização dos Sir McCartney e Sir Starr, fizeram uma história divertida e a potenciar semanas de músicas dos Beatles na minha cabeça.

All you need is...

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