O Greg Kinnear nunca engana neste tipo de papéis. Cavalheiro calmo, a lidar com agruras como pode. Nada de mais. Tudo coisas normais duma vida comum. Mas que moem, independentemente de terminarem ou não vidas. E ele lá vai fazendo as suas coisas, tratando das suas questões, sempre entre as gotas da chuva. Nunca é uma coisa que deslumbra, mas tem algum encanto. O homem é bom, é o que quero dizer. Em Little Men é acompanhado duma Jennifer Ehle que também está sempre muito bem. E em Paulina García encontramos uma belíssima surpresa, com uma personagem que tinha reacções talvez até irracionais, qual animado ameaçado, que mostra demasiado os dentes.
Mas as estrelas não são os crescidos. Tudo acaba por girar à volta dos miúdos. Nós, enquanto adultos, reconhecemos o momento pelo qual vão passar. Aquele que marca. Aquele momento que lhes parte o coração e os faz crescer. O momento que ninguém gostaria de ter passado, mas que acaba por acontecer a todos nós, mais tarde ou mais cedo. É uma sensação peculiar, de estar fascinado por ver algo assim acontecer, mas ter pena e não querer que aconteça.
Little Men foi engraçado de se ver.
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