The trick to not feeling cheated is to learn how to cheat.
Este homem tem mesmo uma pancada pela década de 20, mais ou menos. Por essa altura! Foi o Brick, com a cena gangster. Agora aqui... é difícil de explicar. São os pequenos pormenores. Os chapéus. As atitutes. Sempre os diálogos. Os cenários. Às tantas alguém traz à baila uma referência do presente, alguém fala num telemóvel, e estranhas, porque não pensas estar no presente.
É um filme de con artists. Brody e Ruffalo. Irmãos tudo menos parecidos. Orfãos que passaram por várias casas. Pelo caminho, o mais velho começou a criar os planos e as personagens. Começou a escrever como o mais novo deveria ser. Ruffalo escrevia como Brody devia ser e, às tantas, Brody deixou de saber quem era. Entra Weisz. O último con. Aquele que vai dar dinheiro para saírem daquela vida. Uma personagem excêntrica e encantadora. Bonita como só Weisz consegue ser. Até a sidekick silenciosa japonesa gosta dela.
Filme muito engraçado, com pormenores deliciosos. Junta este toque da época predilecta do realizador, com uma narrativa parecida com a de Wes Anderson e co. E depois, numa das cenas, estão os personagens principais num barco e aparece isto:
E sim, é ridículo, mas senti aquele orgulho patriótico de reconhecimento. Mão ao peito e hino na cabeça. Estamos um bocadinho num bom filme. Enche-nos de orgulho. Não acredito que não seja assim com toda a gente.
Ando a ver bons filmes. Estou muito contente.
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