sexta-feira, janeiro 20, 2023

Amsterdam


Muita gente queixa-se que estes «grandes» filmes não têm o sucesso de outrora no cinema. Essa gente acusa os blockbusters, os filmes da Marvel et al, as sequelas, prequelas e reboots, de roubarem o público do «verdadeiro» cinema.

Eu entendo as pessoas não terem ido ao cinema ver Amsterdam. Porque, para além de quase nada passar-se na cidade dos canais, este filme é um bocado mamado dos cornos. Há cenas em que os personagens ou, em concreto, o personagem do Bale, está sob o efeito de narcóticos e parece que vemos a coisa pelos seus olhos distorcidos. Contudo, há outras cenas em que não é o caso, mas mesmo assim parece que estamos nós sob o efeito de alguma coisa, dado o esquisito que algumas cenas são. (Não estava sob o efeito de nada quando vi o filme, juro.)

Tenho lido algumas coisas sobre o realizador, que também escreveu o filme. Polémicas, no fundo, de conflitos entre ele e os actores. Uma delas é bastante conhecida, quando ele e Clooney andaram à porrada nas filmagens do Three Kings. Há mais casos, bastantes mais. O que apraz-me dizer é que, tendo em conta este filme, parece-me que o homem tem um fusível queimado. E o que surpreende não é que tenha menos gente a ver os seus filmes. Não, o que surpreende é como, apesar de todas as polémicas, tem tanto talento nos seus filmes. Isso é, no meio de tudo, o que não faz sentido algum.

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