O conceito é engraçado. A missão de salvar a humanidade, mandando uma data de miúdos para outro planeta. O problema é que a viagem é longa. A primeira geração não vai chegar lá. Morrerá na viagem. Não sem antes procriar, claro. Logo, como é que convences alguém a entrar numa missão suicída? Como é que esse alguém não enlouquece no processo?
A solução foi criar uns seres anódinos em laboratório. Gestaram uma data de miúdos, mantiveram-nos em cativeiro, sem saber o que era a vida na Terra, e meteram-nos numa nave/caixão, com a ama seca que é Colin Farrell. Uma espécie de Mary Poppins irlandesa. A coisa lá descambou, como seria de esperar. Uns deles deixaram de tomar os ansiolíticos, quando descobrirarm que «os adultos» os estavam a dopar, para melhor controlo. Começaram a ter erecções e a violência, naturalmente, daí surgiu. Passou a ser uma espécie de Lord of the Flies, com um pouco de Alien e uma data de fake news ao barulho. Passou a ser parvo, no fundo. Porque por muito que os miúdos tenham ficado desiquilibrados quimicamente, não deixam de ser inteligentes ao ponto de não aceitar uma história dum «bicho papão» sem mais nem menos.
Como os personagens, o escritor e realizador terá ficado preso na narrativa. Sem sítio para ir, o filme acaba por ter um último terço muito, mas muito fraco.
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