quinta-feira, agosto 15, 2024

Kingdom of the Planet of the Apes


Não há muito tempo revi os três primeiros. Como um todo achei que funcionaram muito bem. Continuo a achar o primeiro muito bom. Os restantes são fixes, mas não é a mesma coisa. A verdade é que foi um dos casos raros em que voltaram a um franchise e não estragaram a coisa. Até que a Disney comprou os direitos.

Não é que Kingdom seja mau. Longe disso. Já vi muito pior e a pagar. Acontece que em qualquer um dos filmes terminei sempre com a sensação que estava bom ali. Que podiam acabar de fazer mais e ficávamos bem. Ficávamos satisfeitos. Quando sabia da existência de mais um, algo que supreendia-me sempre (sou ingénuo, nada a fazer), ficava com receio de estarem a esticar a corda. Depois de ver ficava aliviado. OK, conseguiram acrescentar sem estragar. Mas agora vamos parar com isto, certo?

Percebo que continuem. É um universo porreiro. Dá dinheiro e é bonito de se ver a coisa a continuar. Só que com Kingdom já achei a narrativa despropositada e algo enfadonha. Sabemos para onde a história vai. Temos de ir parar ao Heston. Qual é que o propósito de parecer que os humanos ainda têm hipótese? Vai saber mal quando terminarem com os humanos como escravos, não?

E depois... OK, pormenor simples. Falo apenas do início. Começam a dizer que este filme passa-se gerações depois do último. Plural. Várias. Agora, não são gerações como as nossas. A esperança média de vida, seja dos humanos ou dos símios, não pode ser a mesma. Logo, falamos de gerações com 30 anos. Máximo. Três gerações são 100. Não é muito. Mesmo assim, acho descabido que tecnologia de «agora» funcione passado esse tempo. Acho parvo que certo conhecimento tenha sobrevivido. E mais não digo.

Já agora, esta coisa dos símios andarem aos saltos, a escalar edifícios antigos, é ridícula, certo? Porque as criaturas estão a agarrar-se, a puxar-se, a ir contra e a esfarraparem-se todos contra vigas de metal todo ferrugento. Basta um cortezinho fácil em qualquer pedaço de pele e morre tudo de tétano, certo? Ou lá porque são espertos são imunes a tudo?

Disto ninguém fala.

segunda-feira, agosto 05, 2024

The Holdovers


So, before you dismiss something as boring or irrelevant, remember, if you truly want to understand the present or yourself, you must begin in the past. You see, history is not simply the study of the past. It is an explanation of the present.

Para mim, a nomeação para os Óscares quase funcionou ao contrário, em relação a este filme. Porque achei que era mais uma coisa pastelosa, daquelas que aparece nos prémios porque é suposto.

Por acaso vi o realizador, a premissa e talvez o trailer ou parte dele. Talvez tenha bastado o realizador. A verdade é que, tirando Giamatti, as representações deixam algo a desejar. E há boa parte inspirada por coisas do passado. Mas tem uns momentos porreiros. E sim, o Giamatti é o maior.

Não é um filme soberbo. Não ficará para a História. É muito bonito, em mais que um sentido, em vários momentos. Sempre é qualquer coisa.

sábado, agosto 03, 2024

Wicked Little Letters


Continuando na profanidade, passamos do Deadpool para inocentes senhoras, dum passado já algo distante, a praguejarem como se não houvesse amanhã. Devo dizer que esteve ao nível, em termos de entretenimento.

Não sou o maior fã de ficção baseada em factos verídicos, mas uma história sobre a polémica duma punhado de cartas insultuosas ter merecido a atenção de toda uma nação, devo confessar que isso tem piada.

Para além de humor e uma parte de interesse, tem ainda um elenco de referência. Tudo misturado dá um serão bastante aprazível.

sexta-feira, agosto 02, 2024

Deadpool & Wolverine


Foi possível! E tu duvidaste. Vergonha. Devias ter vergonha.

Eu não acreditava ser possível. Até ao dia em que aconteceu, mesmo tendo tomado todos os passos para que acontecesse. Mesmo tendo os bilhetes comprados. Até entrar no carro, para ir em direcção ao cinema, acho que não tinha ainda presente o que estava a acontecer. Foi maravilhoso, por este motivo e porque ir ao cinema é óptimo. Parece ser algo simples, mas quando o deixas de fazer com regularidade, quando o fazes é realmente uma coisa especial. E depois temos o filme em si.

Levei com alguns spoilers. A presença deste ou daquele actor era algo que sabia. Para além dos óbvios. Para além dos que desde o início se sabia que lá estariam. Não sabia bem que estavam lá a fazer, mas cedo começou a saber-se tudo isso. Dá pena. Porque se não formos ver logo o filme perdemos algo pelo meio. D&W não será o melhor exemplo. Porque o raio do filme tem muita coisa a acontecer. Muitos easter eggs. Muita participação. Demasiado material tentador de ser spin-offado, ou reatado, mas que não deveria. É daqueles filmes que, mesmo vendo com total atenção, é impossível apanhar tudo. De qualquer modo, não deixa de ser chato ter esta pressão de ver ou perder algo.

Foi maravilhoso ver este filme no cinema. Qualquer um é sempre especial. Este em concreto foi óptimo. Não deixo de ser quem sou, independentemente do momento que estou a viver, mas ver um filme destes no cinema é ser a totalidade do que sempre fui, em todos esses vários momentos que vivi.

Para que fique claro: gostei do filme.